FHM #139: Divida Futebol clube



                                           Olá pessoal

                            O tema de hoje é falar de um aspecto financeiro do futebol nacional, as dividas como um elemento presente e tolerado por uma cultura de cartolas que são amadores, supersticiosos e irresponsáveis. O discurso de gastar para ganhar e sempre arrolar a dívida ao próximo presidente deixa uma marca ruim na grana sempre comprometida e numa má fama que afasta investimento estrangeiro no esporte.
                           A crise do Cruzeiro expôs a bolha prestes a explodir na realidade brasileira, os prêmios e as milionárias vendas que foram sugados ano após ano e resultaram na crise do clube com a falta de capital e derrocada de divisão. O problema é geral com os dados de balanços oficiais e as pesquisas sobre o que devem e para quem devem, a situação é precária com as receitas altas gerarem poucos superavits e inacreditáveis deficits que contrastam com anos muitos bons na visão da torcida. A diferença entre o ideal e o praticado por aqui é um acumulado de más práticas como oficialização do calote e das parcerias políticas para que dividas sejam abatidas de décadas em décadas.
                        O modo como a profissionalização chegou apenas aos atletas, a administração como a arbitragem segue em modelos que apesar aperfeiçoamentos, rústicos e que levam os clubes a estagnar em vez de crescer estruturalmente.  As regras de fair play e anti calote da FIFA podem impor uma correção de rota a força para estes presidentes de clube e diretorias que herdam uma serie de práticas questionáveis em buscas de sucesso apenas no campo, diversos processos de "maquiagem" fiscal para indicar que as finanças estão no azul servem para contar como se gasta sem pensar e enfia times históricos a falência ou a buracos que não se espera que saia em menos de uma década.

                   A bagunça de uma sequência de gestões colocaram Grandes como Corinthians, Vasco, Atlético Mineiro, São Paulo, Vitória, Santa Cruz, Fluminense e outros numa berlinda que era o precipício ou a recomeçar com a cabeça no lugar. O fato é que a estrutura de um clube tem o pleito eleitoral com diversas frentes de associados que colocam nomes para mandar no clube submetidos aos poderes internos, existem problemas enraizados na formação de cartolas/diretores/conselheiros que não se responsabiliza pelos erros e seus custos futuros como dívidas trabalhistas, impostos e compra de jogadores.

                  O maior caos é oficializar o calote, gestões que não pagam os seus compromissos como uma maneira de manter receitas e esperar acordos e renova-los para postergar pagamentos até o fim da sua administração. Tapar o sol com a peneira é o modo mais infantil de lidar com todos os problemas financeiros recorrentes do futebol brasileiro com o sub aproveitamento das marcas, afastamento da torcida aos estádios e relação perigosas com Organizadas violentas. 

                  O tema tem muito mais para se explorar, com mais tempos de pesquisa, dados e com mais exemplos, coisas que prometo para um futuro especial de fim de ano. Para dar um gosto disso vou deixar algumas matérias para começar a se aprofundar no assunto envolvendo vários times grandes por aqui:

Links:

                               É isso, pessoal
                              Até a próxima


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