Crônica da semana: Observador do cotidiano

           Olá pessoal

        Os nossos olhos estão sempre atentos, nos perdermos em tantas paisagens e coisas que brilham mais que outras, e sempre há uma figura que passa discreta captando o que acontece a sua volta.

      Observando com uma visão ampla e despreocupada, a graça da rotina é como enxergamos suas pequenas quebras, diferenciando diferentes tons de cinza em meio ao branco e preto do dia a dia: O transito, as bicicletas, a moça bonita, o cachorro na sua coleira, a grama que resiste ao tempo no atalho do gramado, assim segue o observador do cotidiano que imagina o mundo.

       Seja num passeio no centro, o homem sentado no banco da praça, o desavisado passageiro na janela e outros momentos, as crônicas surgem do ato da captura como uma foto, um detalhe ou noticia que passa despercebida, tirando um texto bem humorado, irônico ou um resmungo sobre qualquer coisa.

          O banal, o ordinário, o comum; Eles podem ser a matéria prima do fantástico relato da ida ao mercado, do encontro inesperado de um amigo e outras situações. A arte consegue valorizar o que salta aos olhos e o que sobra pode ser utilizado para este texto sem brilho, comum e, no entanto falar do papo de elevador, a conversa sem pressa,  que não vai levar a lugar nenhum tem seu grande valor.

          A linha tênue entre o desinteressante e o que pode ser surpreendentemente legal, todo dia surge um assunto que estoura no Twitter, Tik Tok e que sai do dispensável a discussão nacional. O pobre jacaré (o alligator, crocodilo) que passou a ser piada de meme, afinal entre vitórias e derrotas, ser colocado como animal de estimação, perder para as presas e se defender com o rabo acabaram com a sua moral. Uma citação a Pedro Certezas e seus vídeos e stories sobre a decadência do animal.

         A evolução chegou, o observador tem que ter um olho no mundo real e outro nas redes sociais - bastasse um bom estilo de escrita e humor antigamente -, hoje não é suficiente ser “letrado”, tem que saber de meme e cultura pop.

         Existiram os mestres como Nelson Rodrigues, Mario Filho, Ricardo Boechat e geração passadas; Nos restam o Xico Sá, Bob Fernandes, Jose Simão, Juca Kfouri, o Trajano e outros. A pressa de comentar tudo nos afasta de analisar e soltar pequenas gotas de sabedoria popular e a acessível para poder rir de tudo, zombar dessa rotina sem sal ou “Tômperos” como diria o Jacquin.

 

O observador pode ser você, eu, o velho do bar, a vizinha fofoqueira, a jovem simpática que tuita sobre o seu dia sem preocupação das palavras jogadas ao vento ou rede social qualquer.

         É isso pessoal

         Até a próxima.

 



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