Crônica FHM da semana: Eu sou o Botafogo, o Botafogo Sou eu (a torcida)
Esperei meses para botar finalmente esse texto da minha cabeça para online, enfim sem enrolação é como o clique que muita gente tem como torcedor, irracional, burro e clubista. Vindo dos olhos de uma pessoa bem racional e até com mais métodos de analise do que saber torcer, gritar e que por vezes prefere ouvir o jogo para não ver e ficar agoniado. Esse texto serve para qualquer um, só troca Botafogo pelo seu(s) time(s) de coração, é sobre futebol de verdade.
Comecei 2023 com a mesma energia de Botafoguense, meio triste e até conformado com o Carioca que não serviu de nada nem de pré temporada ou formador de time. A virada de chave é a mudança de expressão com o que aqueles 30 dias até o início do Brasileirão de 23 com a força de um leão, neste ínterim me surgiu o peso da Camisa do Botafogo que foi a primeira comprada num relance no meio da rua, a chance de comprar a primeira do que vão ser 3 no final deste ano. É engraçado que o peso de sentir orgulhoso e carregar no peito teu clube te torna mais torcedor, isso nunca me passou e tinha muito receio com a questão de violência entre torcidas de SP.
O fato é que não sobre vencer, o Tricolor Paulista que também é meu time em SP e aquele que você escolhe como criança, foi vencedor da Copa do Brasil e no final tava sentindo o gosto amargo de saber que é um título daqueles apaga incêndio, enganando uma administração que não foi tão eficiente como deveria. A derrocada do Botafogo é o fator que me lembra que sempre apoiei o time por ter um perfil de torcida: meio desconfiado, valorizando cada título pequeno ou bom ano, tendo referências em jogadores que ganharam torcida sem uma grande vitória, sigo mais forte sendo o torcedor maluco que encara os piores jogos e de elencos ruins que você lembra como se fossem bons.
Não quer dizer que não podemos mudar e virar torcedor que é mal acostumado, entretanto a torcida que esta sempre presente é aquele raiz que tá para o lado bom e ruim, como um casamento só que melhor; Adoraria falar em 10 anos que estou acostumado a ganhar e foda-se e ser marrento, mas sempre o pé no chão do que faz um clube grande ser campeão é a combinação de campo e extracampo, torcida rica, mesquinha dá dinheiro e torna uma relação tóxica que não deve existir num esporte coletivo, todo campeonato tem um só campeão, e os outros tem saber lidar com isso, perder é do esporte.
O que sempre penso sobre torcedores novos é desaprender a derrota como uma possibilidade, torcer para o gigante europeu que perde apenas para si mesmo torna a pessoa esportivamente mimada e que nunca vai entender o que é torcer para os outros 99%, perdemos e não desistimos de torcer e nem trocamos a cada estação. Educar através do esporte é tirar a zona de conforto, torcer para o pequeno ou o azarão é sentir a emoção do jogo, nem sempre nossos times do coração são os favoritos, mas não quer dizer que tem aceitar um time que perde tudo e o tempo todo.
A vida me fez assim, realista e ao mesmo tempo virei um torcedor maluco e assumido do Botafogo, além de saber que não existe divisória entre analista (escrevo sobre todos os times), torcedor tranquilo de segundos times (Santa Cruz, Paraná, América-RN, Fiorentina, Roma, Zenit, Yokohama F. Marino) e no final, torcedor de Botafogo, São Paulo e Newcastle (a exceção que eu não tenho uma camisa do NUFC); Tudo isso na mesma cabeça e que naturalmente tem reações com intensidades diferentes publicamente.
O time do Botafogo em 23 deixou o torcedor com vergonha e desconfiado como antes da SAF, o fato é que confio em mais processos do clube possam nos levar a novas temporadas boas e com mais regularidade, separar o que é do modo Pedro Certezas do olho clínico que a chegada de Jonh Textor fez com as ações que organizaram o futebol apesar de que o resultado serão mais visíveis a médio prazo.
Eu sou Botafogo, o Botafogo sou eu como um torcedor médio e que tem uma prioridade na vida acompanhar o clube querendo o melhor, xingando em um dia e no outro fazendo analise de mercado no Twitter. E também no sentido anímico que é ser pessimista, realista, otimista e supersticioso com o fardo de torcida que é carregar a história do clube nas costas, quem diz que não se apega e nem se afeta esta se enganando, como um torcedor que ainda não se conectou de verdade com o time que torce.
A curiosidade de quem leu, listando times que eu torço/torci começando em listas fáceis:
Principais:
Times
1) Botafogo / 2) São Paulo/ 3) Newcastle United
Seleções
1) Brasil/ 2) Itália/ 3) Japão
Secundários (Do gostei do uniforme até aquele time que pega no Brasfoot/Modo Carreira/Simulador)
Times
Roma (do ídolo Totti), Zenit(Aquele do Arshavin), PSG (Antes do Sheikh onde jogou o Lucas), Fiorentina (Melhor uniforme), Yokohama F. Marinos (Time do Nakamura), Porto (gosto de time azuis), Valência (Antigamente era bom), San Lorenzo (aquele time campeão da Libertadores), Pacotes de Brasilidades ( Paraná, Santa Cruz, América - RN, Portuguesa - SP)
Seleção - Inglaterra (Inspiração tática e de liga)
Jogadores Favoritos: Gol - Rogério Ceni, Marcos, Cássio, Jefferson, Given, Kawaguchi e Buffon/ Zagueiros - Camnavarro, Carli, Lugano e Coloccini/ Meias - Nakamura, Totti, Hernanes, Honda, Seedorf, Felipe Melo, Mineiro, Josué , Pirlo e Gattuso/ Atacantes - Ronaldo, C. Ronaldo, Loco Abreu, Rony, Deyverson, Alan Shearer e Takahara.
O perfil que explica essa lista aleatória de jogadores - Fiel ao clube ou gênio da bola/Maluco da cabeça.
Rivalidade
SP - Basicamente só o Corinthians, Meu pai/Irmão é santista, adoro o Palmeiras e as Palmeirenses.
RJ - Flamenguistas são insuportáveis, o resto é ok.
É isso, pessoal
Até a próxima
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Se expressem , gritem , cornetem , comentem
Grato , blog 2 cabeças viajantes