FHM #181: O início de temporada ideal, se ele existisse.

  Olá pessoal 

O tema de hoje é o futebol brasileiro, apresentando como poderia ser o calendário se conseguirmos um dia projetar um movimento ideal para que os começos de temporadas sejam menos destrutivos para todos os clubes. As ideias sugeridas a partir daqui são utópicas em relação a realidade atual e o pensamento dos comandantes da federações e da CBF, o intuito é só discutir como certas mudanças se encaixariam bem se um dia fossem aplicadas. 

Ideias: 

Aproximação de um calendário europeu ( Estaduais curtos ou torneios regionais como pré temporada)

Regularização da pré temporada (Férias adequadas + 1 mês de preparação) 

Reformulação dos Estaduais para times de serie A e B 

Rebaixamento definitivo do status do Estaduais para pré temporada. 

Realidade: 

O fato é que para um país de tamanho colossal, adequar uma regra de campeonato estadual como uma sugestão tem muitos bloqueios de federações que temem ser esquecidas se, por exemplo a redução do campeonato de 3 meses para 1 mês e meio possa tornar a figura destes organizadoras como decorativa para os grandes.A primeira ideia poderia ser aplicada como os Estados que tem representantes nacionais de peso deles ficarem do fora até as fases finais e poderem disputar torneios de pré temporada sem o incomodo de mandar um time reserva contra um time sem divisão; Ligando ao ponto dois que é cumprir de fato o processo de preparação com tempo de treinamento e cuidado com o físico que diminui muito o ritmo de lesões no decorrer do ano. 

O que sustenta o modelo antigo, a nostalgia que não vende mais ingresso e nem publicidade mesmo com os clássicos locais cheios nas finais, o que torna a relação de um grande elefante branco, um estadual pomposo e grande que apenas come datas de jogos que fazem falta a Copa do Brasil, Brasileirão e competições internacionais. O que nos leva ao ponto quatro que é a tendência ao esquecimento ou desvalorizar definitivamente para centros grandes de futebol, o título estadual que vira um souvenir de começo de ano, isso não quer dizer que para regiões que não competem na serie D e C, isso vá mudar, afinal domínios locais são importantes para clubes criarem ambição em crescer e se tornarem candidatos a acessos para primeira e segunda divisão. 

O fator final de todos os outros já citados, a TV não abriu mão destes torneios e isso gera o impasse de cotas dependerem da presença dos times grandes e tradicionais, se houvessem torneios de pré temporada ou regionais entre os grandes poderiam ter alternativas para ocupar a faixa de fevereiro até abril com jogos diferentes. 

Os estaduais de menor potência não tem poder de veto, estados como Espírito Santo, Acre, Rondonia, Sergipe,Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso e etc, poderiam continuar do mesmo tamanho e que a ausência de cotas e investimento faz com que ele não atrapalhem o calendário.

O negócio futebol é muito mal gerido, os estaduais nas mão das federações morreram como forma de renda e bons talentos como já foram no passado. Isso, causado por falta de ambição de mudança e adaptação, apenas no Brasil ser campeão estadual tem algum valor, em outros países teria valor de um torneio amador. 

Soluções imaginárias: 

  1. Estaduais terem formatos variados e que permitissem o bem estar dos clubes grandes seja com pré temporada e com uso de datas destes times. 
  2. A noção que tempo de pré temporada não pode ter jogo, temporadas começando quase no fim de fevereiro e com a volta de torneios de preparação com boa organização
  3. Volta de regionais como elemento de começo de temporada em que nível de competição ajude a melhorar nível técnico 
  4. Estender o calendários para clubes menores com novas divisões no futuro, repetindo o modelo divisões inferiores europeias que permitem que times semis profissionais tenham jogos boa parte do ano. Isso aliviaria o peso de competição única durante a temporada. 
  5. Utilizar as datas recuperáveis dos Estaduais para desafogar o Brasileirão e permitir uma maratona menor durante o fim do ano. 

   Mudanças não devem ocorrer tão cedo e o problema reside em quem comanda o futebol que faz mais política com dinheiro sujo e esquece de transformar o futebol brasileiro em algo respeitável. Mais que moralização, exige revolução para quebrar o status quo e fazer com que faça a vontade dos clubes e das torcidas por um modelo melhor para todo mundo. 

É isso, pessoal

Até a próxima.

 




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