Histórias pra contar #8 : Litinho, Capitulo 8 -- Desreencontros

       


      Olá pessoal

      Mais um passo na história de Litinho, a cada capítulo chegamos mais perto da verdade que envolve uma família. Depois aproveita e confere os capítulos que vocês não leram, esta começando a acabar. 

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Capítulo  8 - Desreencontro 



“Pecado, rifa e revista o pobre paga é a vista, vendeu fiado pra Deus vai receber depois da morte”.
 enquanto isso na igreja ...

Padre Tião, Padre Tião!!!  Acorde, padre Tião.
Que foi, menino? Pra que tanto alarde??  Por acaso falecera alguém na cidade?
Não, padre. Nicanô me mandou e eu vim avisar que teve briga brava lá no bar
— Briga de quem, filho? Nicanô e Litinho? Não me admiro. Conte logo o sucedido.
— Não sei muito bem, mas Litinho e Pedro de João saíram no tabefe. Se engalfiaram que nem dois bruto do mato. Insulto ouvi de monte. Teve até sangue jorrando, mas tudo acertado no braço.
— Valei-me Cristo. Litinho e Pedro? Que ironia... Fez bem em me avisar, mas eles já são homens feitos pela vida. Que eu posso fazer se eles enveredam pela bebedeira no bar? Já não carecem de conselhos.
  É que tão tudo preso. E Nicanô pediu ajuda por causo de que o favor que o senhor pediu pra eles não vai poder ser feito desse jeito.
— Uma tarefa tão simples de se fazer, meu Pai. E ainda conseguem me armar um circo.
— Vá na frente, meu filho. E avise ao delegado que estou indo para abrir diálogo. Aproveite o passo e avise ao seu Geraldo da adega para me esperar. Tenho algumas coisas aqui antes a acertar.
— A bença, padre.
— Vá meu filho e que Deus te abençoe.

na casa da dona Cristina ...

— Dona Cristina. É o senhor delegado no telefone. Quer ter uma prosa com a senhora.
— Já estou indo, Sebastiana. Obrigada.
— Alô, Senhor delegado?
— Boa tarde, Dona Cristina. Como está a senhora?
— Muito bem, obrigada. E o senhor? A que devo o contato?
— Passo muito bem, obrigado. Tenho um assunto indelicado para lhe tratar, pois é meu dever avisá-la, já que meu ofício exige. Vosso filho aqui se encontra preso. Briga de bar com o Litinho, sabe? O menino seresteiro? Os ânimos se exaltaram e como a ordem das vias públicas se encontrou ameaçada, meus homens os detiveram para que não ocorrem-se maiores estragos.
— Preso??? Meu filho??? Junto com Litinho???
— Sim, Dona Cristina. Me desculpe avisá-la assim, mas os rapazes pareciam dois bois brabos. É a lei intervir.
— Estou indo para a cidade, muito obrigada, senhor delegado.
— A sua disposição, Dona Cristina.

a professora fica sabendo ...

 — Que desimbesto é esse, menino? Para que tanta pressa? Quase que tu me derruba, cão?
— Desculpa, professora. Tenho que correr pra cidade.
— Nessa carrera toda só pode ser confusão. Por causa de que tanto avexamento?
— Foi briga no bar. Vim o padre avisar. Pedro de João e Litinho tão tudo preso. Nicanô pediu pra eu pedir ajuda pro padre Tião.
— Valei-me meu São João. Que história é essa, menino?
— Tão preso. Tô indo levar notícia pro seu delegado e pro seu Geraldo. Que o padre tá a caminho.
— Mas eu que também vou. Litinho e Pedro de João presos no mesmo lugar por causa de briga? Quero saber que história mal sucedida é essa.
— Pedro tá preso???? Que prosa é essa minha gente?
— Tá sim, Catharina. Foi pelega. Adeus preciso caminhar senão não chego a tempo no lugar.
— Professora Magnólia me conte essa história?
— Não sei o que lhe contar, minha filha. Mas hei de ir pra lá saber.
— Mas é de certo que lhe acompanho. Que diabo se assucedeu?


...

      Cidade pequena é assim: a notícia corre solta. Principalmente se desgraça for ou cheirar. Porque segredo existe e essa é a sina, uma hora ele se revela e ai o caboclo atina. Pano pra manga há de sobra e o destino, inexorável, sempre vem e cobra. Atente-se, caro leitor. Pois se aproxima o desfecho dessa história. E o começo de outra se aproxima, é claro. O tempo nunca fica parado...

 Continua no próximo Capítulo 

   É isso, pessoal 
   Até a próxima 

  


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