Crônica da escola #7: Eles vão aprender a ler e escrever quando na escola pública?

 


Olá pessoal

No meu último mês de estágios na escola estadual de São Paulo, o foco era sobre como as crianças e adolescentes estão escrevendo neste tempos que a palavra de ordem é tecnologia, de todas as formas seja tik tok, tablets, plataformas, leitura digital, texto digitado e etc. Quer dizer que não propõem a convivência entre o tradicional e o novo, como apenas um discurso de mudar tudo como a solução da escola.

Entre todos os disfarces possíveis, o abandono do uso do caderno constantemente em nome de uma dinâmica “atualizada e digital” que envolvem um letramento simultâneo digital e analógico, contando que as crianças pobres não tem acessos a equipamentos eletrônicos fáceis na periferia além de um celular, o resto é questão de sorte. Onde se escreve num tablet sem uma tela especial e uma caneta, a tecnologia sem contexto é um dificultador para o professor, acaba por não ensinar o uso dos aparelhos e mata o espaço para os métodos tradicionais de escrita.

Muito mais que um atraso na alfabetização/letramento, começo do conhecimento ortográfico e o óbvio déficit de leitura e interpretação. Os problemas passam por todos os níveis de ensino e profissionais envolvidos ligados a materiais e métodos obrigados, e chegou a hora de levantar a questão: De onde nascerão os novos leitores e escritores pobres se o sistema tem abandonado eles a própria sorte?

Se pudesse pedir a todos os níveis de autoridade uma ação é retomar o reforço para as dificuldades ortográficas na escola pública, a dificuldade de copiar, produzir e interpretar é um sintoma que leitura e escrita estão defasados e piorando com as soluções tecnológicas implementadas. O fator pandemia é claro, quem ficou para trás com mais de dois anos de isolamentos foi quem não conseguiu acompanhar aula ou tinha dificuldade de prestar atenção por ter uma tela muito pequena; Estamos em uma geração que foi prejudicada.

É isso, pessoal

Até a próxima.



 

Comentários

confira :

Um sujeito frio e calculista

a 8° Geração de consoles : Veja os principais consoles e suas histórias