FHM #182: A nova fase das SAF's no Brasil

 


Olá pessoal

O tema de hoje é falar de futebol após a instalação das SAFs no Brasil, como em algum grau o fato de que existir a concorrência entre clubes associativos e clubes empresa apresenta um embate entre projetos bons e ruins na profissionalização de gestão de esporte. O fato é que o investimento externo é necessário no meio deficitário com apenas uma divisão é lucrativa e as demais vivem em modo de aposta, ou seja botam o dinheiro e depois veem se vai resultar em vitória, acesso ou título, no pior dos casos é rebaixado com ficando com o prejuízo.

A situação é grave, se antes podia falar que apenas clubes caídos precisavam de vender o futebol, neste momento a tendência é aumentar de clubes SAF em decorrência de dívidas e que erram em manutenção financeira. O que mudou que os maiores de cada estado como RJ, MG, Paraná, Mato Grosso e etc, a sua maioria já foi vítima as más gestões e naturalmente buscaram salvação no investimento externo, afinal a arrecadação própria não é mais suficiente por estes estados não atraírem mais atenção nacionalmente.

O perfil dos clubes empresa hoje é mais acertado, o trabalho de Marcelo Paz, Jonh Textor, Quatro R’s, Donos do Amazonas, Athletic, América MG e outros tem mais noção de como usar a grana do que antes, os primeiros anos de SAF foram marcados por gastos altos e a busca por identidade. Cada gestão vendida tem um perfil mais gastador, mais recuperador de finanças e isso reflete num quadro pouco visto aqui de tentativa de projeto longínquo para clubes.

O ponto é que acabou a ilusão de que o novo investidor vai ser garantia de qualquer resultado breve, podem existir uma projeção de 10 anos o retorno a segunda divisão nacional ou simplesmente restabelecer o time a primeira divisão estadual e mantê-lo como um resgate da força do passado. Obviamente temos o caso do Flamengo, Corinthians, Grêmio, Inter, São Paulo, Santos para se criar o projeto de libertadores, mundial que é mais caro e exige mais impacto seja por contratação e posicionamento.

O fantasma de transformação em SAF/Clube empresa é um medo para dirigente e torcedor orgulhoso, a identidade é o mais forte no Brasil e desrespeitar isso é perder a torcida, por isso nenhum clube hoje perde o escudo ou nome em um acordo, só se concordar com isso. A opção sempre vai existir que algum momento a necessidade de se tornar parte de uma rede de clubes.

É isso, pessoal

Até a próxima 



 

Comentários

confira :

Coluna Amarela #5: paz, trabalho e estereótipo

De olho neles: A destruição silenciosa da paz